quinta-feira, 17 de maio de 2012

...é preciso calar...

Somos seres comunicantes. Vivemos às voltas com meios e maneiras de expressar nossos sentimentos, ideias, compromissos, opiniões...enfim, tudo aquilo que se passa em nosso interior. Nossa necessidade maior é a de exteriorizar, seja como for, aquilo que só nós conhecemos. Carregamos conosco inúmeras informações e, quase todas seriam contadas aos quatro ventos, caso isso nos fosse possível. Mas será que realmente "colocar para fora" tudo que é nosso faz bem?

Existem três tipos de falas, resumidamente: aquelas sobre nós ou nossos feitos e ações; aquelas que dizem respeito aos outros; e aquelas de caráter meramente informativo. Esses tipos de informação para serem merecedoras de divulgação devem passar, obrigatoriamente, pelo crivo da verdade e da necessidade.

Quando espalhamos uma notícia (que não diga respeito a ninguém em especial; algum alerta para a comunidade, por exemplo) nos reportamos ao papel de divulgadores de algo que não atingirá a outrem. Pelo contrário, nos colocamos nesse caso na posição de emissários visando o bem do próximo por meio da informação qualificada. Lógico, desde que a comunicação seja necessária (e não alarmante) e verdadeira.

A fala em primeira pessoa, por sua vez, traz consigo sérios perigos. Informar sobre si pode as vezes soar como propaganda egocêntrica ou como vaidade sem valor. Por esse motivo, pode atrair pensamentos ruins a nosso respeito e despertar a indesejada inveja em nosso meio de convívio. Mesmo quando falamos sobre nossos problemas encontramos barreiras a serem consideradas. Em primeiro lugar, pois os problemas exigem equilíbrio e discernimento para a solução e não divulgação. Além disso, grafar coisas ruins sobre nossas vidas pode nos tornar companhias desagradáveis para os outros. É como se passássemos a carregar uma nuvem negra sobre nossas cabeças; nuvem esta capaz de tornar os ambientes pouco agradáveis com a nossa presença.



Quer dizer então que não devemos falar sobre nossos problemas ou sobre questões íntimas com ninguém?! Claro que não. Não existem regras a esse respeito. O que existe é o bom-senso de escolher as pessoas certas para desabafar ou trocar ideias sobre questões pessoais. Os amigos(as), pais e companheiros(as) existem para isso. E são, em geral, nosso melhor suporte para as questões pessoais.

Por último, nos resta falar sobre as informações que dizem respeito aos outros. Em geral, é preciso sempre calar nesse caso. Calemos pois a vida e as questões pessoais que não são nossas não hão de acrescer nada  em nosso crescimento moral. Além disso, podemos perder a confiança de nossos amigos de conversa por sempre grafarmos detalhes das vidas alheias. Essas pessoas hão de imaginar que em sua ausência o mesmo será feito em relação a elas. E nessa ciranda se palavras por ansiarmos popularidade, caímos na desconfiança dos nossos próximos. Mas nunca devemos falar dos outros?! Em geral recomenda-se não tornar o próximo como objeto de análise, mas em casos extremamente especiais e urgentes devemos reconsiderar essa posição. Logicamente, quem apontará o caminho seguro será nossa consciência, a qual sempre se faz companheira, nos bons e maus momentos.

Calar é sempre preciso. Calar com reflexão e não por mero comodismo ou por conveniência. Calar com responsabilidade e respeito. Uma frase adaptada de um provérbio chinês resume bem a questão discutida nesse post: "Pessoas BRILHANTES falam sobre IDEIAS; pessoas MEDÍOCRES falam sobre COISAS; pessoas PEQUENAS falam sobre PESSOAS".

2 comentários:

  1. Amigo, permita-me apenas acrescentar com esta linda msg de nosso querido irmão :

    A LÍNGUA
    Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.
    Ponderada – favorece o juízo.
    Leviana – descortina a imprudência.
    Alegre – espalha otimismo.
    Triste – semeia desânimo.
    Generosa – abre caminho à elevação.
    Maledicente – cava despenhadeiros.
    Gentil – provoca o reconhecimento.
    Atrevida – atrai o ressentimento.
    Serena – produz calma.
    Fervorosa – impõe confiança.
    Descrente – invoca a frieza.
    Bondosa – auxilia sempre.
    Descaridosa – fere sem perceber.
    Sábia – ensina.
    Ignorante – complica.
    Nobre – cria o respeito.
    Sarcástica – improvisa o desprezo.
    Educada – auxilia a todos.
    Inconsciente – geral desequilíbrio.
    Por isso mesmo, exortava Jesus:
    - “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.

    A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.
    Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.

    (Mensagem de autoria do espírito André Luiz
    extraída do livro “Apostilas da Vida”
    psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, editora IDE.)

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  2. Irmão querido do meu coração...envio novamente o texto...caso não abra...me avise via face...
    A LÍNGUA
    Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.
    Ponderada — favorece o juízo.
    Leviana — descortina a imprudência.
    Alegre — espalha o otimismo.
    Triste — semeia desânimo.
    Generosa — abre caminho à elevação.
    Maledicente — cava despenhadeiros.
    Gentil — provoca o reconhecimento.
    Atrevida — atrai o ressentimento.
    Serena — produz calma.
    Fervorosa — impõe confiança.
    Descrente — invoca a frieza.
    Bondosa — auxilia sempre.
    Descaridosa — fere sem perceber.
    Sábia — ensina.
    Ignorante — complica.
    Nobre — cria o respeito.
    Sarcástica — improvisa o desprezo.
    Educada — auxilia a todos.
    Inconsciente — gera desequilíbrio.
    Por isso mesmo, exortava Jesus:
    — “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus.”
    A língua é a bússola de nossa alma enquanto nos demoramos na Terra.
    Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.
    (De “Apostilas da Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz)

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