terça-feira, 20 de março de 2012

...é preciso relacionar-se (2)

Começar. Terminar. Pensar. Discutir. Esses são verbos cotidianamente empregados nos relacionamentos atuais. Natural entender uma relação como um processo pensado, raciocinado, com início, problemas e (talvez) fim. As ações que se encerram em uma relação a dois são inúmeras e devem ser vividas com equilíbrio e razão, visando a natural evolução do casal. Entretanto, aonde se encontra o verbo AMAR?! Muitos casais hoje em dia são meramente duplas, uma vez que encontram-se juntos por conveniência ou comodismo. O amor deve ser o primeiro passo para a edificação de um real relacionamento; aquele formado por uma boa dose de cumplicidade.

O cotidiano corrido faz com que nós, muitas das vezes, passamos despercebidos pelos seres amados. Isto ocorre e é natural pelo acúmulo de atividades que costumamos ter durante os nossos tumultuados dias. Todavia, o amor não exige tempo ou lugar para se manifestar. Uma mera lembrança travestida de mensagem de texto ou uma breve ligação para render alguns minutos de atenção, já bastam para satisfazer os corações amados. Todos nós necessitamos de atenção e carinho e isso, em um relacionamento, faz-se indispensável, uma vez que a pessoa com a qual estamos, faz ou fará parte de nossas vidas em um dado momento. Imagine como seria o convívio com um parceiro(a) desatento para suas angústias e problemas?!



Este zelo, entretanto, não pode ser confundido com obsessão pelo par. O cuidado e o pronto auxílio nos momentos bons ou ruins são essenciais para o desenvolvimento de uma relação saudável. A doença do relacionamento surge quando esses traços tomam a proporção de controle inopinado do companheiro(a). Cada qual possui sua parcela de atividades individuais e saudáveis que não devem ser proibidas ou desencorajadas. Por exemplo, o fato de um par sair com amigos(as) para entreter-se não merece censura ou proibição, uma vez que o círculo de amizades deve circunscrever de forma sadia qualquer relação a dois. Em palavras mais diretas, as individualidades pessoais devem ser respeitadas dentro da individualidade do casal.

As questões de um relacionamento devem ser sempre discutidas em tom brando, uma vez que é inadmissível que pessoas que dizem se amar se voltem um para o outro em tom áspero. A beleza física e os caprichos da juventude se vão com o tempo e o que fica é o convívio interior que só será agradável se o entendimento for realmente pautado em um sentimento nobre.

Serenidade, cordialidade, respeito e romantismo não fazem mal a ninguém e, pelo contrário, só contribuem para uma vivência serena baseada no principal verbo de nossas existências: AMAR.


3 comentários:

  1. o grande mistério do amor é este : descobrir que o RESPEITO deve imperar e o NO SEU LUGAR deve ser primeiro do que o proprio conjugar AMAR

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  2. Mestre! Suas rimas fazem muito sentido! Obrigado pela força! Abração!

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  3. A pessoa que respeita o próximo, seja amigo, irmão, pai, mãe, cães.. ela respeitará seu companheiro...
    A gente não pode escolher por quem vai se apaixonar, mas sim por quem vai amar... se você escolher atributos físicos e carnais, as chances de o relacionamento dar certo são menores... agora se você escolhe aquela pessoa pelo qual te respeita, tem carinho, cumplicidade e companheirismo, as chances aumentam...

    Beeijos, Eloah

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