terça-feira, 17 de abril de 2012

...é bom aprender a adaptar-se!

Imagine-se em um local totalmente diferente daqueles que você usualmente costuma frequentar. Coloque-se rodeado(a) de pessoas estranhas. Esta cena mental simples lhe faria bem? A resposta de quase 100% das pessoas se inclina para o "não". A explicação é meio óbvia... as novidades nos assustam. E isto acontece pois elas nos tiram da famosa "zona de conforto". Isso nada mais é que uma alegoria prática do ditado que diz que "em time que está ganhando não se mexe"; ou então da uma das Leis de Newton - A Lei da inércia - que diz que um corpo que está em repouso ou cuja resultante das forças sobre ele seja zero, tenderá a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme...

Nos adoramos permanecer em "movimento retilíneo uniforme". Traçamos um plano, uma rotina, e se ela dá certo, nada nos tira dela... a não ser as inconvenientes mudanças. Essas sempre aparecem para nos agitar, descontrolar e estressar. Provocam medos, desconfianças, tensões. Mas logo depois que essas mudanças passam pelo mecanismo prático da solução, tudo volta à calmaria, e o que era novidade, passa então à rotina. Interessante notar como algo que inicialmente nos causava arrepios passa a conviver tão tranquilamente conosco.



Mudanças são e sempre serão boas. Mesmo que não consigamos enxergar isso a curto prazo (o que geralmente acontece) as alterações de curso servem para nos tirar do marasmo improdutivo que não leva à lugar nenhum. Novidades sempre vêm acompanhadas da sede por novos conhecimentos. Devemos então beber dessa fonte e buscar mais. O caminho das descobertas não segue só uma direção. Quem disse que é necessário esperar para que as situações diferentes venham até nós se apresentar? Nós também podemos procurá-las; o que na verdade nos ajuda muito, uma vez que não somos pegos totalmente de surpresa pelo desconhecido.

ENCARAR, PERGUNTAR, ERRAR MUITO e APRENDER. Essas são as quatro palavras que toda boa descoberta deve conter. Com elas nós sempre aprendemos a nos adaptar. Inclusive este que vos escreve.

P.S.: Até hoje não postei nada no blog sobre experiências pessoais, mas nesse post vale a pena. Nos primeiros dias de Inglaterra eu não entendia quase nada que os nativos de Manchester falavam (eles falam MUITO rápido). Penei muito... hoje no sétimo dia de vida inglesa, eu já compreendo quase tudo que falam comigo...o que é uma vitória! Sair da "zona de conforto" das aulas de inglês faladas pausadamente só me ajudou...espero daqui há alguns meses poder contar sobre novas adaptações na terra da rainha.

Um comentário:

  1. todo processo de mudança acompanham setas para cima (nível de euforia)...logo depois para baixo (negativo...nivel de depressao) até encontrar a linha reta - mediana que é a vida normal da gente...normalmente os que ficam bebados pela primeira vez (e espera-se que seja a ultima) experimentam : no primeiro momento...o riso descontrolado, a falsa leveza, a triste felicidade...num segundo momento, a melancolia, a choradeira , e num terceiro momento...a dor de cabeça...a ressaca...a realidade da vida...todo processo de mudança é assim mesmo e o fazemos em cada instante...o sol que nasce agora nao é o mesmo de ontem e nem o será de amanhã, pois o meu olhar perante a ele é diferente...esta é a lição da vida, meu caro...a grande lição : sabermos conviver com as diferenças...silenciar diante nossa ignorancia com o novo e aprender para abrir as portas para que a evolução se faça em nosso ser...nas terra da rainha, com certeza , o senhor encontrará a linha reta de sua vida...uma seta com destino certo...e seguro...quem viver...verá!!

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